domingo, 29 de abril de 2012

MEC sobre o cancro...


Hoje li uma coisa que mexeu imenso comigo, deixou-me triste mesmo. Não sei se sabem, ou não, mas o Miguel Esteves Cardoso tem uma namorada, a Maria João, que tem cancro. Ela deve ter por volta de 35 anos e...infelizmente, parece que não há muito a fazer. O ano passado postei  Não deixem de ler....MEC sobre cancro da mulher e a quem não leu, gostava de pedir que o fizessem pois, desta forma, entenderão ou sentirão melhor as palavras, sentidas, dele. Hoje ele escreveu no Jornal Público:

" A minha pessoa é a Maria João e a Maria João passa mal.Nem o amor nem a sabedoria médica a podem salvar.Só a conjugação das duas coisas, mais um acrescento de milagre. O cabrão do cancro alastra-se (...).Hoje, domingo, é o último dia em que estaremos juntos (...) amanhã logo às nove entraremos na consulta (...) onde nos avisarão das complicações possiveis. (...) Vai morrer o meu amor .Não vai. Como o meu amor por ela, nunca há de morrer. As coisas acontecem sem acontecer o pensamento nelas. A alma, o coração e a cabeça são coisas diferentes.Que se dão bem. E são amigas.E deixam de ser quando morrem"

É impossivel ler isto e ficar indiferente, independentemente de conhecer as pessoas em questão, simpatizar ou nem sequer gostar delas. A maior parte das pessoas com problemas porque hoje é Domingo e amanhã Segunda-Feira (eu não, não por ser diferente mas poe estar de férias), dia de trabalho enquanto aquele casal está, provavelmente, a aproveitar o último dia de vida juntos e com consciência disso...Sinto uma pena tão grande da situação de morte anunciada que vivem, que não imaginam.
Se não tivermos nenhum caso de alguem na mesma situação, ainda bem mas acho que estes exemplos servem para prevenir e aproveitarmos a sorte que temos E, se algum dia tal fatalidade nos bater à porta, termos a noção de que aproveitámos ao máximo aquela pessoa, riram, passearam, choraram...enfim. Que isto sirva para darmos valor ao que temos e termos a noção de que as coisas podem mudar e, se essa fatalidade nos acontecer, sentirmos que vivemos e aproveitamos as coisas. Estamos "proibidos" de dar valor, apenas nestes momentos de tristeza...
Acho que podemos tirar alguma lição com estes exemplos que ouvimos e não ficar apenas indiferente por não ser connosco.

5 comentários:

  1. realmente é impossível ficar indiferente a essas palavras e o quanto me sinto pequenina. só quando nos vemos em situações assim é que damos a valor à vida e aos pequenos momentos que ela nos dá. imagino a dor que seja, que se vive e não se poder fazer nada. Desejo a maior força e não há palavras...tenho dito.

    abraço e muita força

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  2. Adorei o texto, já tinha adorado o outro e este não lhe fica nada atrás.
    Tens toda a razão no que disseste, e eu concordo inteiramente contigo.

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  3. O cancro entrou na minha família há 2 anos, atacou o meu pai e fez dele alguém que quase não reconheço, fisica e psicologicamente...A dor é demasiado forte porque alia o medo à impotência...Já me revoltei, já chorei, já perdi as forças, já acreditei outra vez, mas o que doi mais...é ver que o meu pai deixou de acreditar...
    Cada vez mais existem pessoas com cancro, assusta-me e admiro tanto quem luta com força de viver!

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  4. Hoje li qualquer coisa sobre uma vacina que se está a desenvolver e que vai ajudar a prevenir o cancro (todos os tipos). Despachem-se que infelizmente há tantas histórias como a que apresentaste :( bjs*

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  5. Não se pode ficar indiferente a isto e infelizmente é a realidade de muitas mulheres, algumas até ainda mais novas!!! Esse tipo de doenças é algo que me assusta imenso... não propriamente por mim, mas pelas minhas filhas. Bjos

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